MEMÓRIA







A memória surge como um processo de retenção de informações no qual nossas experiências são arquivadas e recuperadas quando as chamamos. É uma função cerebral superior relacionada ao processo de retenção de informações obtidas em experiências vividas.
 

O termo  memória tem sua origem etmológica no latim e significa a faculdade de reter e /ou readquirir idéias, imagens, expressões e conhecimentos adquiridos anteriormente reportando-se às lembranças, reminiscências.
 
A memória é uma faculdade cognitiva extremamente importante porque ela  forma a base para a aprendizagem. Se não houvesse uma forma de armazenamento mental de representações do passado, não teríamos uma solução para tirar proveito da experiência. Assim, a memória envolve um complexo mecanismo que abrange o arquivo e a recuperação de experiências, portanto, está intimamente associada à aprendizagem, que é a habilidade de mudarmos o nosso comportamento através das experiências que foram armazenadas na memória; em outras palavras, a aprendizagem é a aquisição de novos conhecimentos e a memória é a retenção daqueles conhecimentos aprendidos.
Esta intrigante faculdade mental forma a base de nosso conhecimento, estando envolvida com nossa orientação no tempo e no espaço e nossas habilidades intelectuais e mecânicas.


 
Assim, aprendizagem e memória são o suporte para todo o nosso conhecimento, habilidades e planejamento, fazendo-nos considerar o passado, nos situarmos no presente e prevermos o futuro.

 


Tipos e Características da Memória


Pense na diferença entre memorizar a data de aniversário de alguns amigos versus aprender a andar de bicicleta. As diversas coisas que aprendemos e lembramos não são processadas sempre pelo mesmo mecanismo neural.
Existem diferentes categorias de memórias, entre elas estão:
 
A memória ultra-rápida cuja retenção não dura mais que alguns segundos;
 
A memória  de curto prazo (ou curta duração), que dura minutos ou horas e serve para proporcionar a continuidade do nosso sentido do presente;
 
A memória de longo prazo (ou de longa duração), que estabelece engramas (ou traços duradouros - dura dias, semanas ou mesmo anos).
 
Você acaba de ouvir o telefone ditado por alguém, mas em poucos segundos é incapaz de se lembrar de parte ou de todos aqueles números. Por quê ?

Esta memória é temporária e limitada em sua capacidade, sendo armazenada por um tempo muito curto no cérebro, da ordem de milisegundos a poucos minutos. É a memória de curta duração.
 
Para que ela se torne permanente, ela requer atenção, repetições e idéias associativas. Mas, através de um mecanismo ainda não conhecido, você pode se lembrar subtamente de um fato esquecido, como aquele número de telefone que havia esquecido.

Neste caso, a informação foi armazenada na memória de longa duração que é mais permanente e tem uma capacidade muito mais ampla.
O processo de armazenar novas informações na memória de longa duração é chamado de consolidação.
A memória para datas (ou fatos históricos e outros eventos) é mais fácil de se formar, mas ela é facilmente esquecida, enquanto que a memória para aprendizagem de habilidades tende a requerer repetição e prática.
 
 
Uma elaboração do conceito da memória de curta duração que tem sido feita nos últimos anos é a memória operacional um termo mais genérico para o armazenamento da informação temporária.
 Isto implica que nós podemos não ser conscientes de todas as informações armazenadas ao mesmo tempo na memória operacional, nas diferentes partes do cérebro. Tomemos o exemplo de dirigir um carro. Esta é uma tarefa complexa que requer diversos tipos de informações processados simultaneamente, tais como a informação sensorial, cognitiva e motora.   
  Parece improvável que estes vários tipos de informação sejam armazenados em um único sistema de memória de curta duração.
Nossa habilidade de lembrar eventos não se reflete na operação de um único sistema de memória, mas em uma combinação de no mínimo duas estratégias usadas pelo cérebro para adquirir informação. 

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