CIÚME



"Você vai sair com essa roupa?" "A reunião foi até agora?" "Por que você olha tanto para aquele lado?" São perguntas muito ouvidas pelas pessoas que vivem relacionamentos marcados pelo ciúme.

O ciúme já protagonizou grandes tragédias, seja na ficção, seja na vida real. Existem até os crimes chamados passionais (cometidos por pessoas dominadas pela emoção). É um sentimento que merece ser tratado com atenção e cuidado. Mas o que é o ciúme? Ciúme é insegurança? É doença?

A pessoa ciumenta tem como padrão de comportamento certificar-se freqüentemente se é mesmo querida e se as outras pessoas são capazes de dar provas de seu amor, como se o amor e a atenção dependessem de algumas coisas externas à relação (como se vestir de determinada maneira ou não freqüentar alguns lugares), como se o amor exigisse um preço para ser dado e uma prova para ser recebido. É comum que os ciumentos interpretem os acontecimentos de maneira distorcida (por exemplo, o fato de o parceiro ter se arrumado para sair é interpretado como uma provocação) e sofram por isso. Esse padrão está presente desde o relacionamento com a pessoa amada até as relações com os amigos, familiares, bichos de estimação e objetos. As pessoas ciumentas costumam cobrar mais a atenção dos amigos e não gostam muito de ver seus objetos pessoais sendo usados por outras pessoas.






Por uma questão cultural, é comum as pessoas acreditarem que ciúme é prova de amor e que podem fazer pequenos sacrifícios como deixar de ir à determinados lugares ou trocar de roupa para que a pessoa amada não se chateie. O problema é que esses pequenos sacrifícios tendem a transformar-se em pequenas prisões com o passar do tempo. O ciúme vai aumentando e o prazer de estar na companhia do outro vai diminuindo.

Quem sente o ciúme também sofre e se prejudica muito, pode sentir-se desvalorizado e ficar muito ansioso quando tem que enfrentar situações em que se sente ameaçado e, muitas vezes, não consegue lidar com esse sentimento.









ANGÚSTIA






De repente, vem aquele aperto no peito! Pode ser em qualquer momento, hora ou lugar. Como se uma grande mão apertasse seu peito... e vem uma sensação bem esquisita de opressão. Você quer se livrar dela, mas não consegue. O coração bate mais rápido ou então você sente uma apreensão. Medo do futuro? Quase como se descesse de montanha russa.... aquele friozinho na barriga terrível.

Em alguns momentos, você está bem e a apreensão surge sem pedir licença. Em outros, está associada a alguma preocupação ou sensação de insegurança. Se você vive um momento confuso ou difícil, a angústia pode se instalar na sua mente e no seu coração. 

 A angústia pode ser um sinalizador para a depressão. Pessoas deprimidas sentem angústia e a ansiedade pode surgir de repente. A ansiedade está associada à respiração também. A pessoa ansiosa respira muito rápido ou sente uma sensação de sufocamento, "peito apertado".

O que fazer quando você sentir esta sensação desagradável? Acomete ricos e pobres, jovens, velhos e crianças.

A angústia é mais comum nas mulheres. Quando sentir esta sensação desagradável, primeiro afaste a possibilidade de causa orgânica como: distúrbios hormonais como: menopausa, climatério, entre outros. Anemia, problemas cardíacos e depressão, por exemplo.




 Geralmente, a angústia está associada à depressão e algumas pessoas são predispostas a sofrer de angústia periódica. Nem sempre quem sente angústia ocasionalmente, sofre de depressão. A angústia pode ser uma manifestação da ansiedade. A ansiedade é o receio do futuro.

A ansiedade é um recurso utilizado por nós para nos preparar, de certa forma para acontecimentos futuros. Quando temos uma prova, um encontro importante, uma decisão a tomar, podemos sentir esta sensação de apreensão. É o receio do novo e do inusitado. Nosso organismo lança mão de uma carga extra de adrenalina.

Quando estas sensações surgem e são momentâneas fazem parte do cotidiano do ser humano. Não podemos controlar os acontecimentos e isso gera medo. Podemos controlar nossas emoções; isso é tranquilizador. 




 Observe a frequência desta sensação desagradável. Procure observar com cuidado. O que você está pensando quando sente esta sensação? Não tenha medo da Ansiedade ou Angústia. Não tente reprimi-la, mas mude o padrão mental. Se você está pensando em algo desagradável, modifique o pensamento. Afirmações positivas ajudam bastante nesses casos. Afirmações como: "Sou feliz!", "Estou calmo", "Está tudo bem", "Ficará tudo bem!".

Aprenda a respirar! Os bebês respiram corretamente, nós não. Inspire pelo nariz e exale pela boca. Preste atenção na respiração. Esta técnica simples é naturalmente tranquilizante. A mente se tranquiliza e os músculos também.

A angústia pode estar associada a causas psicológicas como: traumas, complexos, meio ambiente repressor ou desgastante podem desencadear sensações de opressão.

A serenidade tem a ver com a Fé e o Otimismo. Fé em Deus e em si mesmo!

Sensação de vazio interior, mudanças de vida, podem estar associadas à angústia. Quando a pessoa se aposenta, pode sentir esta sensação de insegurança. O que farei agora? A "síndrome do ninho vazio" pode ser também uma das causas da angústia ou ansiedade. Os filhos estão criados, estudam fora e os pais se sentem vazios. Viveram sempre em função dos filhos e agora? 




Uma vida saudável feita de pensamentos sadios e atividades produtivas, tem como efeito, emoções também sadias. Pense nisso! Como estão seus relacionamentos, sua vida em família, seus desejos e problemas?. Procure se autoconhecer para disciplinar seus pensamentos.

MEDO






Afirma-se que o medo é o maior inimigo do homem. O medo está por trás do fracasso, da doença e das relações humanas desagradáveis. Milhões de pessoas têm medo do passado, do futuro, da velhice, da loucura e da morte. O medo é um pensamento em sua mente e você tem medo dos seus próprios pensamentos.

Um menino pode ficar paralisado pelo medo quando lhes dizem que há um homem mau debaixo de sua cama e que vai levá-lo. Quando o pai acende a luz e mostra-lhe que não há ninguém, ele se liberta do medo. O medo na mente do menino foi tão real como se houvesse de fato um homem debaixo de sua cama. Ele se curou de um pensamento falso em sua mente. A coisa que temia, na verdade, não existia. Da mesma forma, a maioria dos seus medos não têm base na realidade. Constitui apenas um conglomerado de sombras sinistras e as sombras não têm realidade.
Ralph Waldo Elerson, filósofo e poeta, disse: Faça aquilo que você receia e a morte do medo será certa.
Quando você afirma positivamente que vai dominar seus receios e chega a uma decisão definitiva em sua mente consciente, liberta o poder do subconsciente, que flui em resposta à natureza do seu pensamento. 





Você nasceu apenas com dois medos: o medo de cair e o medo do barulho. Todos os seus outros medos são adquiridos. Livre-se deles.
O medo normal é bom, o medo anormal é mau e destrutivo. Permitir constantemente os pensamentos de medo acarreta o medo anormal, obsessões e complexos. Temer alguma coisa persistentemente provoca um sentimento de pânico e terror. Você pode superar o medo anormal quando sabe que o poder do seu subconsciente pode mudar os condicionamentos e realizar os desejos acalentados por seu coração. Dedique sua atenção e devote-se, imediatamente, ao seu desejo, que é o oposto do seu medo. Este é o amor que expulsa o medo. Enfrente seus temores, traga-os à luz da razão. Aprenda a sorrir dos seus temores. Esse é o melhor remédio. 


Como surge o medo?




Além dos perigos iminentes e reais, nossos temores podem aparecer por causa das associações que fazemos ao longo da vida. Por exemplo, uma criança que teve sua casa destruída durante uma tempestade pode sentir-se ameaçada por uma tragédia toda vez que chover intensamente. Querendo ou não, sua mente fará essa relação. Ou pessoas que passaram por muitas privações quando crianças e que não tinham o que comer, ou "brigavam" com os irmãos pela comia, podem desenvolver uma tendência de comer exageradamente, como se sentissem, ainda que inconscientemente, medo de passar fome novamente ou então para compensar aquilo que não tiveram.
Isso pode ocorrer. Nossa mente inconsciente é atemporal: não tem passado nem futuro. É como se tudo estivesse sendo vivenciado no momento presente. Não há discernimento do que aconteceu, o passado e o presente se misturam. O medo de que não vai conseguir é muito comum e acaba interferindo diretamente na auto-estima, no amor-próprio e na autoconfiança. Uma pessoa que não age por medo de não conseguir, não acredita em sua capacidade e, assim, está perdendo também a oportunidade de reverter todo esse quadro.
Pode ainda haver o medo de aumentar mais o peso e, assim, ter problemas de saúde, sobrecarregar os órgãos, medo esse por motivos concretos que podem estimular muitos a mudar seus hábitos em busca de uma melhor qualidade de vida. Se você consegue, ao menos, pensar que pode enfrentar a situação, já é um progresso. Mas, e quando nada conseguimos fazer, a não ser sentir medo?
Quando alguém diz que não consegue, que vai desistir porque sabe que não irá conseguir, geralmente são pessoas que estão com a auto-estima muito baixa e que se amam muito pouco ou não se sentem capazes de cuidar de si mesmas. Querem fórmulas mágicas, resultados imediatos. Querem o impossível, pois assim fica mais fácil justificarem para si mesmas que irão desistir por medo.


ANSIEDADE



A ansiedade é considerada um distúrbio quando ela ocorre em momentos que não se justificam ou quando é tão intensa ou duradoura que acaba interferindo com as atividades normais do indivíduo. Os distúrbios de ansiedade são o tipo mais comum de distúrbios psiquiátricos.

 O que é ansiedade ?
 
A ansiedade é um sinal de alerta, que permite ao indivíduo ficar atento a um perigo iminente e tomar as medidas necessárias para lidar com a ameaça. Portanto, é um sentimento útil. Sem ela estaríamos vulneráveis aos perigos e ao desconhecido. É algo que está presente no desenvolvimento normal do ser humano, nas mudanças e nas experiências novas e inéditas. A ansiedade permite a um ator que estreará uma nova peça, ensaiar o suficiente para ter maior segurança e, conseqüentemente, menor ansiedade; ou então que um jovem se prepare demoradamente e até com vários detalhes irrelevantes para um encontro amoroso. Após algum tempo, a preparação para o encontro com uma antiga namorada se torna quase desnecessária, já que não há mais ansiedade. 


 Como surge a ansiedade?
 
A ansiedade pode surgir repentinamente, como no pânico, ou gradualmente, ao longo do tempo, que pode variar de minutos a dias. A duração da ansiedade pode variar de alguns segundos a anos e sua intensidade pode variar do muito leve ao gravíssimo. A ansiedade pode ser aumentada por um sentimento de vergonha: "Os outros notaram que estou nervoso". Alguns ficam surpresos ao notarem que os outros não perceberam sua ansiedade ou não notaram a sua intensidade.
Como é a ansiedade normal?
 
A ansiedade normal é uma sensação difusa, desagradável, de apreensão, acompanhada por várias sensações físicas: mal estar epigástrico, aperto no tórax, palpitações, sudorese excessiva, cefaléia, súbita necessidade de evacuar, inquietação etc. Os padrões individuais físicos de ansiedade variam amplamente. Alguns indivíduos apresentam apenas sintomas cardiovasculares, outros apenas sintomas gastrintestinais, há aqueles que apresentam apenas sudorese excessiva.


Qual a diferença entre medo e ansiedade?
 
A diferença entre medo e ansiedade é questão teórica. Como citado anteriormente, a ansiedade é uma sensação vaga e difusa que nos leva a enfrentar com sucesso as situações agradáveis ou não. Já o medo, que também é uma reação normal, difere da ansiedade porque é ligado a uma situação ou objeto específico que apresenta perigo, real ou imaginário, e nos leva a evitá-lo. Um exemplo é o medo de assalto. Todos evitamos as situações que possam nos deixar mais vulneráveis. 


 O que é o distúrbio de ansiedade generalizada?
 
O distúrbio de ansiedade generalizada é a ansiedade e preocupação excessiva, quase que diária, sobre uma série de atividades ou eventos, e que dura 6 meses ou mais. A ansiedade e a preocupação são intensas e de difícil controle, desproporcionais à situação e podem ser sobre as mais diversas questões como dinheiro, saúde etc. Nesse distúrbio, pelo menos três dos seguintes sintomas estão presentes: inquietação, fatiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e sono de má qualidade. O tratamento é realizado com a a associação de medicamentos (antidepressivos ou benzodiazepínicos) e psicoterapia comportamental.

 Mas como controlar a ansiedade?

 

Na maioria das vezes, os tratamentos são técnicas de relaxamento, exercícios que levam ao controle da atividade do organismo, como meditação e ioga. Outras medidas como o sono saudável e atividades prazerosas também funcionam. Fora isso, existem as terapias: cognitiva, comportamental e a interpessoal.

São comprovadas cientificamente que o indivíduo que procura terapia têm altos índices de melhora dos sintomas. As terapias podem indiretamente melhorar a ansiedade por meio do autoconhecimento, mas são pouco efetivas em curto e médio prazo. Também existem medicamentos comprovadamente eficazes no tratamento dos transtornos de ansiedade, principalmente os antidepressivos e os ansiolíticos.

 

Abra o seu coração





O medo de abrir o coração, é um dos medos mais básicos de todos os seres humanos. Este é o medo que tem dado origem aos monges e às freiras. Todo o passado da humanidade foi dominado por esse medo, como um câncer da alma.

          Parece muito lógico que, se você compartilhar o seu amor, ele será desperdiçado e logo você ficará infeliz. Essa é a lei comum da economia: se você quiser ter mais dinheiro, não o compartilhe, seja miserável. Ganhe o tanto que você conseguir e dê o mínimo possível. Somente assim você consegue acumular e ficar rico.
       


   Isso é verdadeiro no que se refere ao mundo exterior, mas é absolutamente falso quanto ao mundo interior; ali funciona uma lei totalmente diferente. A lei interna é: se você não dá, você perde; se você dá, você conserva. Quanto mais você dá, mais você tem. Quanto menos você dá, menos você tem. Se você não der nada, nada terá, ficará completamente vazio, um túmulo, e dentro do túmulo não há qualquer possibilidade de uma flor desabrochar. As flores necessitam do sol, da chuva, do vento, das estrelas, do céu, dos pássaros. Por mais delicada que ela seja, ela necessita abrir-se para a existência. Em tal abertura, a fragrância é liberada, o esplendor que estava preso é liberado.

Dentro de um túmulo não há qualquer possibilidade de rosas desabrocharem, mas existe a possibilidade de cobras, escorpiões e aranhas; tudo o que é feio e venenoso. Se o túmulo está completamente fechado, o seu próprio ar se torna veneno.
  
E milhões de pessoas estão vivendo a vida de monges e freiras. Elas podem não ter ido para o monastério, elas podem estar vivendo com suas esposas e filhos, mas estão fechadas. Eles podem estar vivendo no mundo, mas se protegendo muito, sempre cautelosas e calculando, para que suas vidas não tenham qualquer alegria, dança ou canção.   É preciso um pouco de coragem para fazer da vida uma celebração.


 Por quem você está sentindo esse vasto amor? Só por você mesmo? Porque amar significa ter uma direção, um objeto. O amor é sempre endereçado a alguém. A quem o seu amor é endereçado? Você é como um envelope ainda não aberto: você nem mesmo leu o que está escrito na carta, você nem sabe se existe uma carta dentro ou se está simplesmente carregando um envelope vazio. A não ser que abra o envelope, você nunca saberá. Abra-o!
       
   E lembre-se, o poço nunca se esgota porque no fundo ele é conectado ao oceano. O oceano está continuamente alcançando-o em pequenas nascentes. Na verdade, se você não tirar água do poço, ele morrerá, porque as nascentes não serão mais necessárias e ficarão bloqueadas. Não sendo usadas, elas perderão a sua função, e a velha água se tornará  estragada e morta, talvez venenosa. É bom para o poço que sua água seja tirada. Quanto mais água você tirar, mais correntes de água fresca chegarão ao poço. O poço não está desconectado da existência.
   
    Certamente o seu coração é um poço. Se ele for mantido fechado, você não captará a energia do universo fluindo para você. Continue se esvaziando e você ficará surpreso: quanto mais se esvaziar, mais cheio você ficará.
Quando você está totalmente vazio, a existência toda entra em você. Todas as estrelas estão dentro de você, assim como o sol e a lua. De repente você se vê tão vasto quanto o universo.






        Ser nada é a única maneira de ser tudo. Ser ninguém é a única maneira de ser divino. O vazio traz o divino.

Nada jamais é perdido, desviado ou rejeitado.


          Mas as pessoas se sentem muitas vezes rejeitadas porque antes mesmo delas darem algo, já existe a expectativa. Se sua expectativa não for satisfeita, elas se sentem rejeitadas. É a expectativa que está criando problema, não o amor. 
          Dê o amor sem qualquer corda amarrando-o. Dê o amor pelo puro prazer de dar. Alegre-se dando-o.

Todo tempo e todo lugar é o lugar certo! E porque você está aqui neste momento, permita que este seja o lugar. Onde você poderia encontrar um espaço melhor, com pessoas mais bonitas, mais receptivas, mais amorosas do que estas que estão à sua volta ?





O fazer e o não-fazer





A mente é a queda original, a queda do estado de ser. A mente é o pecado original. Estar na mente é estar no mundo; não estar na mente é estar em Deus. A diferença é muita.


     A queda tem que ser entendida. Medite sobre três palavras: ser, fazer e ter. Do ser ao ter é a queda, e o fazer é o processo de se ir do ser ao ter. Ser é Deus, ter é o mundo, e fazer é o processo de cair do ser para o ter.


       A mente é uma fazedora. A mente constantemente quer estar ocupada. Um grande desejo de permanecer atarefada, isto é a mente. A pessoa não consegue se sentar só; não consegue se sentar em passiva receptividade, nem mesmo por uns poucos momentos. Isto é uma grande tortura para a mente, porque no momento em que você pára de fazer, a mente começa a desaparecer.

A mente é uma fazedora. Observe sua própria mente e você compreenderá. O que estou dizendo não é uma declaração filosófica, é simplesmente um fato. Não estou propondo nenhuma teoria para você acreditar ou desacreditar, mas alguma coisa que você pode observar em seu próprio ser. E você verá isto, sempre que estiver só, você imediatamente começa a procurar: alguma coisa tem que ser feita, você tem que ir a algum lugar, você tem que ver alguém. Você não consegue estar só. Você não consegue ser um não-fazedor.
 
 Fazer é o processo pelo qual a mente é criada; ela é um fazer condensado. Conseqüentemente, ficar quieto, significa um estado de não-fazer. Se você puder sentar silenciosamente, nada fazendo, de repente você estará de volta para casa. De repente você verá a sua face original, a fonte, o seu rosto refletido em você mesmo. E esta fonte nada mais é a verdade, a consciência e a felicidade. 

  A pessoa deve ser capaz de fazer. Não estou dizendo que você deve tornar-se incapaz de fazer; isso não tem valor algum, isso simplesmente é impotência. Você deve ser capaz de fazer, mas não deve ficar absorvido nisto. Você não deve ficar envolvido no fazer, não deve ficar possuído por isto; você deve permanecer o senhor da situação.
        
 
A mente é um mecanismo de imenso valor; não é um pecado ter uma bela mente. Você tem um belo instrumento de imensa complexidade, e é um prazer usá-lo, da mesma maneira que é um prazer dirigir um belo carro que tenha um mecanismo perfeito.
          Nada existe como a mente, se você conseguir usá-la. Então, a mente também é divina. Mas se você for usado por ela, e se o seu céu ficar perdido nas nuvens da mente, então, você permanecerá na miséria, na ignorância. 





Não-separação é não-fazer. A ação continua, mas ela não é mais a sua ação. Agora ela é natural. Se uma cobra passa por uma trilha, você saiu para uma caminhada matinal e vê a cobra passando, você simplesmente dá um salto para fora do caminho da cobra. Não é que você tenha feito aquilo, a ação aconteceu, mas ela é natural. Você não pensa a respeito dela, você não pondera sobre ela. Você não estava de prontidão para aquela ação; você talvez não tenha cruzado com uma cobra antes em sua vida. Você não treinou para fazer aquilo, aquilo não era uma programação em sua mente. Você simplesmente respondeu. Em forma de uma cobra, ali estava a morte. E você respondeu, imediatamente, instantaneamente. A mente nem chegou ali, porque a mente necessita de tempo para ponderar, para pensar, para contemplar. E não havia tempo, a morte estava tão perto; você simplesmente deu um salto.
        
  Sentado debaixo de uma árvore, depois que a cobra passou, você pode pensar sobre ela, agora você tem tempo suficiente para pensar. Mas naquele momento, naquele exato momento, quando a cobra estava ali à sua frente, você simplesmente agiu, não a partir de sua mente, mas a partir de sua totalidade. Aquilo foi um ato de Deus. 



          O homem que quer realmente se tornar um não-fazedor, começa agindo como um veículo do divino, do todo. A ação continua, mas o ator desaparece. Este é o significado do não-fazer. Você vive a mesma vida, mas agora você tem uma qualidade totalmente diferente, ela tem um sabor diferente.

MEMÓRIA







A memória surge como um processo de retenção de informações no qual nossas experiências são arquivadas e recuperadas quando as chamamos. É uma função cerebral superior relacionada ao processo de retenção de informações obtidas em experiências vividas.
 

O termo  memória tem sua origem etmológica no latim e significa a faculdade de reter e /ou readquirir idéias, imagens, expressões e conhecimentos adquiridos anteriormente reportando-se às lembranças, reminiscências.
 
A memória é uma faculdade cognitiva extremamente importante porque ela  forma a base para a aprendizagem. Se não houvesse uma forma de armazenamento mental de representações do passado, não teríamos uma solução para tirar proveito da experiência. Assim, a memória envolve um complexo mecanismo que abrange o arquivo e a recuperação de experiências, portanto, está intimamente associada à aprendizagem, que é a habilidade de mudarmos o nosso comportamento através das experiências que foram armazenadas na memória; em outras palavras, a aprendizagem é a aquisição de novos conhecimentos e a memória é a retenção daqueles conhecimentos aprendidos.
Esta intrigante faculdade mental forma a base de nosso conhecimento, estando envolvida com nossa orientação no tempo e no espaço e nossas habilidades intelectuais e mecânicas.


 
Assim, aprendizagem e memória são o suporte para todo o nosso conhecimento, habilidades e planejamento, fazendo-nos considerar o passado, nos situarmos no presente e prevermos o futuro.

 


Tipos e Características da Memória


Pense na diferença entre memorizar a data de aniversário de alguns amigos versus aprender a andar de bicicleta. As diversas coisas que aprendemos e lembramos não são processadas sempre pelo mesmo mecanismo neural.
Existem diferentes categorias de memórias, entre elas estão:
 
A memória ultra-rápida cuja retenção não dura mais que alguns segundos;
 
A memória  de curto prazo (ou curta duração), que dura minutos ou horas e serve para proporcionar a continuidade do nosso sentido do presente;
 
A memória de longo prazo (ou de longa duração), que estabelece engramas (ou traços duradouros - dura dias, semanas ou mesmo anos).
 
Você acaba de ouvir o telefone ditado por alguém, mas em poucos segundos é incapaz de se lembrar de parte ou de todos aqueles números. Por quê ?

Esta memória é temporária e limitada em sua capacidade, sendo armazenada por um tempo muito curto no cérebro, da ordem de milisegundos a poucos minutos. É a memória de curta duração.
 
Para que ela se torne permanente, ela requer atenção, repetições e idéias associativas. Mas, através de um mecanismo ainda não conhecido, você pode se lembrar subtamente de um fato esquecido, como aquele número de telefone que havia esquecido.

Neste caso, a informação foi armazenada na memória de longa duração que é mais permanente e tem uma capacidade muito mais ampla.
O processo de armazenar novas informações na memória de longa duração é chamado de consolidação.
A memória para datas (ou fatos históricos e outros eventos) é mais fácil de se formar, mas ela é facilmente esquecida, enquanto que a memória para aprendizagem de habilidades tende a requerer repetição e prática.
 
 
Uma elaboração do conceito da memória de curta duração que tem sido feita nos últimos anos é a memória operacional um termo mais genérico para o armazenamento da informação temporária.
 Isto implica que nós podemos não ser conscientes de todas as informações armazenadas ao mesmo tempo na memória operacional, nas diferentes partes do cérebro. Tomemos o exemplo de dirigir um carro. Esta é uma tarefa complexa que requer diversos tipos de informações processados simultaneamente, tais como a informação sensorial, cognitiva e motora.   
  Parece improvável que estes vários tipos de informação sejam armazenados em um único sistema de memória de curta duração.
Nossa habilidade de lembrar eventos não se reflete na operação de um único sistema de memória, mas em uma combinação de no mínimo duas estratégias usadas pelo cérebro para adquirir informação. 

INVEJA


Em pequenas doses é estimulante, mas, em excesso, a inveja pode mesmo chegar a ser doentia. O limite será passar da simples cobiça à crítica e à mentira como forma de sabotagem.


4 formas de inveja

■ comparação - comparar o alheio com o próprio
■ frustração - sentimento de fracasso
■ subvalorização - percepção pormenorizada do pessoal
■ insegurança - falta de segurança em si mesmo e no que faz.


"A dor causada pela sorte de alguém que se nos assemelha", assim a definiram os antigos filósofos gregos. Do ponto de vista etimológico, o termo inveja tem origem na palavra invidere, cujo significado é "ver com maus olhos".
Existe em todas as culturas e épocas, tanto em homens como em mulheres. No entanto, por que será que acontece? 



Enquanto pessoas, a individualidade leva-nos a comparar-nos com os outros, com as suas qualidades, virtudes, inteligência... Desde a infância desejamos o que vemos: ser como os nossos irmãos, ter o que os nossos vizinhos têm...
A comparação pode ser encarada como uma estimulação para nos superarmos. Mas também pode ser fonte de inveja.


Na defensiva para não parecer inferior

A inveja é um mecanismo de defesa que pomos em funcionamento quando, ao compararmos com alguém, nos sentimos inferiores. A subvalorização provoca frustração, sentimento de derrota e repulsa própria, e vem, normalmente, acompanhada de juízos de valor, críticas, ódio... Em relação à outra pessoa. Poderíamos dizer que é uma tentativa desajeitada para recuperar a confiança e a auto-estima, já que também nos sentimos culpados. No entanto, além de nos envergonharmos de sentir estas emoções, também somos condenados pela sociedade.



Aprenda a tirar partido da inveja

A inveja já acabou com muitas amizades quando uma das partes consegue algo que a outra desejava. Mas a relação pode sobreviver se houver diálogo. 



O perfil do invejoso

Destrata: desvaloriza perante todos tudo o que pode à mínima oportunidade.
Justiceiro: considera "injusto" que a vida corra bem aos demais. Critica em nome da verdade.
Pessimista: menospreza o êxito, o trabalho, as dificuldades do outro...
Crítico: esforça-se por encontrar o defeito, o ponto fraco, o mínimo erro.
Esquivo: evita cruzar-se cara a cara com a pessoa que inveja. A sua presença causa-lhe dor.
Queixa-se: está sempre se lamentando de como a vida é ingrata consigo.
Autopunitivo: recrimina-se por esses sentimentos, que não controla.
Soberbo: não permite que ninguém julgue os seus atos, muito menos em público
Egoísta: quer tudo o que vê e não partilha um triunfo.




A inveja pode causar sofrimento
 
Saber lidar com as nossas ambições e, ao mesmo tempo, com as nossas próprias limitações parece ser o segredo para uma boa gestão da inveja. A inveja é um sentimento muitas vezes inconsciente que, apesar da conotação negativa que geralmente transporta, nos pode ajudar a uma transformação interior. Pelo contrário, se mal gerida, a inveja pode manifestar-se por comportamentos obsessivos e compulsivos, causando sofrimento à pessoa e a outros.

 
A inveja tem uma conotação negativa, de desejar ter as qualidades ou objetos que outra pessoa tem, embora sem esforço, o significado mais habitual da inveja, um sentimento que se manifesta em atitudes contraditórias, denegrindo-se muitas vezes a pessoa de quem se tem inveja. Essas atitudes surgem a um nível subconsciente, pois a pessoa pode ter uma percepção da sua inveja e por isso vai dizer que a outra pessoa tem sorte, que Deus dá nozes a quem não tem dentes. É portanto um fator psicológico que está por trás da inveja. Muitas vezes as pessoas são medíocres, pois, se não o fossem, não precisavam ter inveja, de procurar um modelo, na base da inveja existe uma incapacidade em lidar com uma situação em que um tem e outro não tem. A pessoa confiante não tem inveja, consciente do seu valor, pode no máximo desejar mais, mas não ter inveja. Quando mal gerida interiormente, a inveja pode acabar em doença, causando sofrimento ao próprio e aos outros: num extremo, a inveja pode provocar comportamentos de obtenção pela força. Pode ser uma ideia sub-realizada, transformando-se depois numa obsessão, marcada por comportamentos compulsivos. No entanto, a inveja, fazendo parte da natureza humana, deve ser vivida de modo saudável, isto é, transformando-a em admiração pelo(a) outro(a).



Hábitos Alimentares






Muitos componentes da alimentação têm sido associados com o processo de desenvolvimento do câncer, principalmente câncer de mama, cólon (intestino grosso) reto, próstata, esôfago e estômago.

Alimentação de risco

Alguns tipos de alimentos, se consumidos regularmente durante longos períodos de tempo, parecem fornecer o tipo de ambiente que uma célula cancerosa necessita para crescer, se multiplicar e se disseminar. Esses alimentos devem ser evitados ou ingeridos com moderação. Neste grupo estão incluídos os alimentos ricos em gorduras, tais como carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, lingüiças, mortadelas, dentre outros.

Existem também os alimentos que contêm níveis significativos de agentes cancerígenos. Por exemplo, os nitritos e nitratos usados para conservar alguns tipos de alimentos, como picles, salsichas e outros embutidos e alguns tipos de enlatados, se transformam em nitrosaminas no estômago. As nitrosaminas, que têm ação carcinogênica potente, são responsáveis pelos altos índices de câncer de estômago observados em populações que consomem alimentos com estas características de forma abundante e freqüente. Já os defumados e churrascos são impregnados pelo alcatrão proveniente da fumaça do carvão, o mesmo encontrado na fumaça do cigarro e que tem ação carcinogênica conhecida.

Os alimentos preservados em sal, como carne-de-sol, charque e peixes salgados, também estão relacionados ao desenvolvimento de câncer de estômago em regiões onde é comum o consumo desses alimentos. Antes de comprar alimentos, compare a quantidade de sódio nas tabelas nutricionais dos produtos.




Cuidados ao preparar os alimentos

 O tipo de preparo do alimento também influencia no risco de câncer. Tente adicionar menos sal na hora de fazer a comida, aumentando o uso de temperos como azeite, alho, cebola e salsa. A Organização Mundial da Saúde recomenda o consumo de até 5 g de sal ou 2 g de sódio por dia, ou seja, o equivalente a uma tampa de caneta cheia. Ao fritar, grelhar ou preparar carnes na brasa a temperaturas muito elevadas, podem ser criados compostos que aumentam o risco de câncer de estômago e coloretal. Por isso, métodos de cozimento que usam baixas temperaturas são escolhas mais saudáveis, como vapor, fervura, pochê, ensopado, guisado, cozido ou assado.


Fibras x gordura

Estudos demonstram que uma alimentação pobre em fibras, com altos teores de gorduras e altos níveis calóricos (hambúrguer, batata frita, bacon etc.), está relacionada a um maior risco para o desenvolvimento de câncer de cólon e de reto, possivelmente porque, sem a ingestão de fibras, o ritmo intestinal desacelera, favorecendo uma exposição mais demorada da mucosa aos agentes cancerígenos encontrados no conteúdo intestinal. Em relação a cânceres de mama e próstata, a ingestão de gordura pode alterar os níveis de hormônio no sangue, aumentando o risco da doença.

Há vários estudos epidemiológicos que sugerem a associação de dieta rica em gordura, principalmente a saturada, com um maior risco de se desenvolver esses tipos de câncer em regiões desenvolvidas, principalmente em países do Ocidente, onde o consumo de alimentos ricos em gordura é alto. Já os cânceres de estômago e de esôfago ocorrem mais freqüentemente em alguns países do Oriente e em regiões pobres onde não há meios adequados de conservação dos alimentos (geladeira), o que torna comum o uso de picles, defumados e alimentos preservados em sal.



Atenção especial deve ser dada aos grãos e cereais. Se armazenados em locais inadequados e úmidos, esses alimentos podem ser contaminados pelo fungo Aspergillus flavus, o qual produz a aflatoxina, substância cancerígena. Essa toxina está relacionada ao desenvolvimento de câncer de fígado.

Como prevenir-se

Algumas mudanças nos nossos hábitos alimentares podem nos ajudar a reduzir os riscos de desenvolvermos câncer. A adoção de uma alimentação saudável contribui não só para a prevenção do câncer, mas também de doenças cardíacas, obesidade e outras enfermidades crônicas como diabetes.

Desde a infância até a idade adulta, o ganho de peso e aumentos na circunferência da cintura devem ser evitados. O índice de massa corporal (IMC) do adulto (20 a 60 anos) deve estar entre 18,5 e 24,9 kg/m2. O IMC entre 25 e 29,9 indica sobrepeso. Com IMC acima de 30 a pessoa é considerada obesa. O IMC é calculado dividindo-se o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em m).

Como se alimenta o brasileiro

No Brasil, observa-se que os tipos de câncer que se relacionam aos hábitos alimentares estão entre as seis primeiras causas de mortalidade por câncer. O perfil de consumo de alimentos que contêm fatores de proteção está abaixo do recomendado em diversas regiões do país. De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, que em 2010 entrevistou 54.367 pessoas, o padrão alimentar no país mudou para pior.


Apesar de consumir mais frutas e verduras, o brasileiro continua a comer muita carne gordurosa (1 em cada 3 entrevistados) e tem optado por alimentos práticos, como comidas semiprontas, que são menos nutritivas. A ingestão de fibras também é baixa, onde se observa coincidentemente, uma significativa freqüência de câncer de cólon e reto. O feijão, alimento rico em ferro e fibras, que tradicionalmente fazia o famoso par com o arroz, perdeu espaço na mesa dos brasileiros. Para agravar o quadro, eles também tem se exercitado menos. Em 2006, 71,9% da população revelava comer o grão ao menos cinco vezes na semana. Em 2010, a média caiu para 65,8%. No estado do Rio, a média de consumo do feijão ainda é alta: 71,7%. A queda na média nacional pode ser atribuída às mudanças na dinâmica da família brasileira, que tem tido cada vez menos tempo de preparar comida em casa e o feijão tem preparo demorado. O consumo de gorduras é mais elevado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde ocorrem as maiores incidências de câncer de mama no país.


Outro dado negativo é que os refrigerantes e sucos artificiais - que têm alta concentração de açúcar - têm ganhado espaço na preferência dos brasileiros. Ao todo, 76% dos adultos bebem esses produtos pelo menos uma vez por semana e 27,9%, cinco vezes ou mais na semana. O consumo quase que diário aumentou 13,4% em um ano. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a popularidade dos refrigerantes é ainda maior: 42,1% tomam refrigerantes quase todos os dias. Apesar de o mercado oferecer cada vez mais versões com menos açúcar, como os diet e os light , somente 15% dos brasileiros optam por eles. Os jovens também preferem alimentos como hambúrguer, cachorro-quente, batata frita que incluem a maioria dos fatores de risco alimentares acima relacionados e que praticamente não apresentam nenhum fator protetor. Essa tendência se observa não só nos hábitos alimentares das classes sociais mais abastadas, mas também nas menos favorecidas. O consumo de alimentos ricos em fatores de proteção, tais como frutas, verduras, legumes e cereais, tem aumentado, mas ainda é baixo. Segundo o levantamento do Ministério da Saúde, 30,4% da população com mais de 18 anos comem frutas e hortaliças cinco ou mais vezes na semana. Entre os entrevistados, 18,9% disseram consumir cinco porções diárias (cerca de 400 gramas) desses alimentos, mais do que o dobro do percentual registrado em 2006.




O ego e o desejo






Um filósofo estava caminhando ao redor de um parque e notou um homem sentado em posição de lótus, com os olhos abertos olhando para o chão. O filósofo viu que o homem estava totalmente absorvido em seu olhar fixo ao chão. Depois de observá-lo por um longo tempo, o filósofo não mais resistiu e foi até o estranho camarada perguntando, "O que você está procurando? O que está fazendo?"
      
O homem respondeu sem deslocar o seu olhar fixo, "Eu estou tentando aquietar o meu eu, sentando silenciosamente, sem nada fazer, e então, percebo a primavera chegando, e a grama crescendo por si mesma. Eu estou observando a grama crescer, mas ela ainda não cresceu coisa alguma."




 Uma mãe levou seu filhinho ao psiquiatra e por mais de três horas ela lhe contou toda a história de seu filho. O psiquiatra estava ficando cansado, cheio, mas a mulher estava tão absorvida na sua fala que nem mesmo lhe deu oportunidade de impedi-la. Uma frase seguia a outra sem qualquer intervalo.
     
Finalmente o psiquiatra teve que dizer,"Por favor, pare agora! Deixe-me perguntar algo ao seu filho!"
     
E ele perguntou ao filho, "Sua mãe está reclamando que você não ouve o que ela lhe diz. Você tem alguma dificuldade de audição?"    

 O filho disse, "Não. Eu não tenho dificuldade de audição – os meus ouvidos estão perfeitamente bem – mas no que se refere a escutar, você pode julgar por si mesmo. Você consegue escutar a minha mãe? Ouvir eu posso: eu tenho que ouvir.  Eu estava observando-o – você estava incomodado.  Não  há como não ouvir, mas escutar – pelo menos eu sou livre para escutar ou não. Se eu escuto ou não, é uma questão minha. Se ela grita comigo, ouvir é natural, mas escutar é uma questão totalmente diferente."

 
    
  Você ouviu, mas você não escutou, e todo tipo de distorção se juntou ao redor. As pessoas seguem repetindo aquelas palavras sem qualquer idéia do que elas estão repetindo.

  O corpo é muito limitado; ele tem uma polaridade simples: comida e sexo. Ele se move como um pêndulo entre esses dois, comida e sexo, nada mais existe para ele. Mas se você está identificado com a mente, então ela tem muitas dimensões. Você pode estar interessado em filosofia, em ciência, em religião – você pode estar interessado em muitas coisas que consegue imaginar. 



      Se você estiver identificado com o coração, então os seus desejos serão de uma natureza ainda mais elevada, mais do que a mente. Você se tornará mais estético, mais sensitivo, mais alerta, mais amoroso.



      A mente é agressiva, o coração é receptivo.
       A mente é masculina, o coração é feminino.
      A mente é lógica, o coração é amor.

      Assim, depende de onde você está ligado: no corpo, na mente ou no coração. Esses são os três mais importantes locais nos quais a pessoa pode funcionar.

Se você está consciente de sua transcendentalidade, então todos os desejos desaparecem. A pessoa apenas é, sem qualquer desejo, sem nada para ser pedido. Não existe futuro ou passado. Então, a pessoa vive neste momento completamente satisfeita, realizada. No quarto, o seu lótus de mil pétalas desabrocha: você se torna divino.