A FELICIDADE Segundo EPICURO






A felicidade é possível ? Epicuro, filósofo nascido na Ilha de Samos (atual Turquia) parece dizer que sim. Alain de Botton informa que Epicuro "acreditava que todos podem achar um jeito de serem felizes. O problema, segundo ele, é que procuramos nos lugares errados. Ele dizia que não devíamos nos sentir culpados por desejar uma vida prazerosa e divertida, e prometia nos mostrar o caminho para ela". Essas ideias acabaram criando uma confusão, já que aqueles que buscam o prazer desmesurado são chamados de "epicuristas", quando, na verdade, o que Epicuro propugnava não deve ser confundido com o hedonismo. Aliás, um dos males da Pós-Modernidade é exatamente uma sociedade focada apenas no prazer e que foge da dor, do compromisso, das responsabilidades.





Sustentar que Epicuro não era hedonista tem base no Dicionário Básico de Filosofia (Japiassú e Marcondes, Jorge Zahar Editor, 1990, p. 82), que menciona uma orientação epicurista preciosa: "(...) Aprender a bem viver é aprender a melhor gerir seus prazeres, afastando aqueles que não são nem naturais nem necessários e fomentando aqueles que se encontram nos limites da natureza (...)". A ausência total de dor ou sofrimento é uma ilusão, eu acrescento. Querer viver sem dor alguma é uma quimera.


Apesar de Epicuro dizer que o prazer era a coisa mais importante da vida, sua casa era simples, seu guarda-roupa não tinha luxos, ele bebia água em vez de vinho, achava o peixe caro demais e satisfazia-se com refeições à base de pão, legumes e azeitonas. Certa vez ele pediu a um amigo: "Mande-me um pouco de queijo, para que eu possa me banquetear de tempos em tempos". Assim vivia o homem que apontava o prazer como finalidade da vida.


O mesmo Alain de Botton informa que na essência da filosofia epicurista há uma ideia simples: nós não sabemos ao certo o que nos faz felizes. Podemos nos sentir atraídos por bens materiais, na crença de que eles nos trarão felicidade. Mas muitas vezes erramos. Nem sempre desejamos aquilo de que precisamos, e não há prova maior disso do que nosso comportamento de consumo.





Epicuro dizia ter descoberto nossas verdadeiras necessidades e, para a sorte dos menos abastados, os ingredientes para a felicidade são bem baratos. Eles eram três: (a) ter amigos; (b) ter liberdade, incluída aí a financeira e (c) refletir sobre a vida.


Não é preciso escrever muito sobre a importância dos amigos. Quanto ao segundo requisito, a ideia de Epicuro era ser auto-suficiente, de modo que a pessoa não tivesse que se curvar a situações opressivas para conseguir se sustentar. Para implementar uma vida de prazer, liberdade e convívio constante, Epicuro e seus amigos se afastaram de Atenas e fundaram uma espécie de comunidade alternativa. "Devemos nos libertar dos grilhões do cotidiano e da política", escreveu Epicuro. E foi exatamente isso que seu grupo fez. Levaram uma vida simples, mas com liberdade. Assim, viveram de modo simples, sem muito dinheiro, mas auto-suficientes e sem depender da opinião alheia ou da política.


Quanto ao terceiro ingrediente, Epicuro acreditava que devíamos ter uma vida bem analisada, reservar tempo para reflexão, para fazer a análise do que nos preocupa. Nossas ansiedades diminuem se nos damos tempo para pensar nelas. Mas, para isso, temos de nos afastar das distrações do mundo material e acharmos o tempo e o local adequados para pensarmos em nossa vida.

Para Epicuro, quem tem amigos, uma vida bem analisada e auto-suficiência não terá problemas para chegar à felicidade, mesmo que tenha problemas com dinheiro, saúde ou de outras naturezas. Epicuro dizia que, tendo dinheiro para as necessidades básicas, você podia logo começar a ser feliz, desde que tivesse os três requisitos. E o grau de felicidade não aumentaria de acordo com o grau de riqueza, ele ficaria estável. Às vezes, o aumento da riqueza até atrapalha. A Bíblia, por exemplo, menciona que o rico se preocupa com a proteção e a manutenção (quando não, com a expansão) das suas riquezas, ao passo que o pobre não tem essas inquietações.




A busca por riquezas e luxo tolda a percepção e desvia as pessoas da felicidade. É comum que esta busca acabe afastando as pessoas da vida simples, dos amigos, da liberdade financeira e, por fim, toma tempo que poderia ser dedicado ao prazer, amigos e reflexão. Não que a riqueza vede a felicidade, ela apenas não é uma garantia disso. Por isso, não devemos gastar toda a nossa energia buscando bens materiais.

ESTRESSE






Cada vez mais comum nos dias de hoje, o estresse pode ser entendido como uma resposta do organismo a situações de exaustão, cansaço excessivo ou pressão exagerada. Ansiedade, baixa imunidade, pouca disposição e falta de interesse para a atividade sexual são alguns dos sinais do estresse. Dor de cabeça constante, insônia e alterações de apetite (fome permanente ou, por outro lado, falta de apetite) também são comuns. O problema também relacionado a doenças como o câncer, crises de asma ou bronquite, além de problemas cardiovasculares - isso porque o estresse provoca o aumento da pressão arterial. 


Como o estresse afeta a saúde?

Todas as pessoas têm estresse. Temos estresse de curto prazo, como  quando perdemos o horário do ônibus. Até eventos normais do cotidiano podem ser estressantes.

Outras vezes encaramos estresse de longo prazo, como discriminação, doença incurável ou divórcio. Esses eventos estressantes também afetam nossa saúde em muitos níveis. O estresse de longo prazo pode elevar seu risco de alguns problemas de saúde, como depressão.

Tanto o estresse de curto quanto o de longo prazo podem ter efeitos sobre o seu corpo. Estresse dispara mudanças no organismo e aumenta a probabilidade de ficar doente. Ele também piora problemas de saúde já existentes. Estresse pode ter influência nos seguintes problemas:



  • Dor de cabeça
  • Dificuldade para dormir
  • Constipação
  • Diarréia
  • Irritabilidade
  • Falta de energia
  • Falta de concentração
  • Comer demais ou não comer
  • Raiva
  • Tristeza
  • Maior risco de acessos de asma e artrite
  • Tensão
  • Cólica estomacal
  • Inchaço do estômago
  • Problemas de pele, como urticária
  • Depressão
  • Ansiedade
  • Ganho ou perda de peso
  • Problemas no coração
  • Pressão alta
  • Síndrome do intestino irritado
  • Diabetes
  • Dor nas costas e/ou pescoço
  • Menor apetite sexual
  • Dificuldade de engravidar





    Como posso lidar com o estresse?
    Não permita que o estresse o deixe doente. Escute o seu corpo, de modo que perceba quando o estresse estiver afetando sua saúde. Aqui estão algumas formas de ajudá-lo a lidar com o estresse:
  • Relaxe. Cada pessoa tem a sua própria maneira de relaxar. Algumas incluem respiração profunda, yoga, meditação e terapia de massagem. Se você não conseguir fazer essas coisas, tire alguns minutos para sentar, escutar uma música calma ou ler um livro.
  • Reserve tempo para si mesmo. É importante cuidar de si mesmo. Pense nisso como uma ordem médica, de modo que não se sentirá culpado! Não importa o quanto seja ocupado, você pode reservar pelo menos 15 minutos diários na sua agenda para fazer algo para si mesmo, como tomar um banho quente numa banheira de espuma, caminhar ou conversar com um amigo.
  • Durma. Dormir é uma ótima forma de ajudar tanto o seu corpo quanto a sua mente. Além disso, você não pode combater doenças tão bem quando não dorme direito. Com sono suficiente você pode encarar melhor seus problemas e diminuir o risco de doenças. Tente dormir de 7 a 9 horas cada noite.
  • Alimente-se corretamente. Tente abastecer-se com frutas, vegetais e proteínas. Boas fontes de proteína podem ser manteiga de amendoim, frango e salada de atum. Coma grãos integrais. Não seja iludido pelo ânimo que obtém da cafeína e do açúcar.
  • Mova-se. Acredite ou não, praticar atividade física não somente contribui para relaxar a musculatura tensa, mas também ajuda o seu humor! Seu corpo fabrica certos elementos químicos, chamados endorfinas, antes e depois do exercício físico. Eles aliviam o estresse em melhoram o humor.
  • Converse com os amigos. Amigos são bons ouvintes. Encontrar alguém que o deixará falar livremente sobre seus problemas e sentimentos faz muito bem. Isso também o ajuda a escutar outros pontos de vista. Amigos o lembrarão que não está sozinho.
  • Tenha ajuda profissional se precisar. Converse com um terapeuta, que pode ajudá-lo a lidar com o estresse e encontrar melhores maneiras de encarar os problemas. A terapia pode ajudar em desordens mais sérias relacionadas ao estresse, como a desordem do estresse pós-traumático. Há também medicamentos que podem ajudar a dormir e aliviar os sintomas da depressão e ansiedade.



  • Transija. Algumas vezes não vale a pena o estresse da discussão. Ceda de vez em quando.
  • Escreva seus pensamentos. Você já escreveu um e-mail para um amigo sobre seu dia conturbado e sentiu-se melhor depois disso? Por que não pegar papel e caneta e escrever o que está passando em sua vida? Manter um diário pode ser uma ótima forma de tirar os problemas das suas costas e ajudar pensar em como resolver as coisas. Depois você pode ler anotações antigas e ver como progrediu!
  • Ajude os outros. Ajudar alguém também pode ajudá-lo. Ajude seu vizinho ou seja voluntário em sua comunidade.
  • Tem um hobby. Encontre algo que goste de fazer. Certifique-se de encontrar tempo para explorar seus interesses.
  • Estabeleça limites. Quando tratar de coisas como trabalho ou família, descubra o que você pode realmente fazer. Há apenas 24 horas no dia. Estabeleça limites para si mesmo e para os outros. Não tenha medo de dizer NÃO para pedidos por seu tempo e energia.
  • Planeje seu tempo. Pense antecipadamente como gastará seu tempo. Escreva uma lista de coisas a fazer. Descubra o que é mais importante para fazer.
  • Não lide com o estresse de forma que prejudique sua saúde. Isso inclui beber muito álcool, usar drogas, fumar ou empanturrar-se de comida. 


POSSESSIVIDADE





A pessoa que desenvolve um ciúme possessivo e obsessivo pelo parceiro pode estar sofrendo de um distúrbio obsessivo ou pode apresentar sintomas de uma personalidade obsessiva compulsiva.



A pessoa que sofre com ciúmes, pode ter uma personalidade obsessiva compulsiva que possui um padrão característico de sintomas que precisam ser observados:



Há um padrão persistente de preocupação com asseio, perfeccionismo, controle mental e interpessoal.



Há pouca flexibilidade, transparência, relaxamento das preocupações diárias, os pensamentos apresentam pouca eficiência, os pensamentos acontecem recorrentemente, ou seja, não saem da cabeça.



Este distúrbio começa no início da vida adulta e apresenta uma variedade de contextos, como indicado por quatro (ou mais) dos seguintes sintomas :




1. Estar preocupado com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou horários e com o que ainda vai fazer;


2. Mostra perfeccionismo que interfere com a tarefa concluída (por exemplo, é impossível concluir um projeto devido ao aumento de suas próprias exigências das normas e regras);

3. É demasiadamente dedicado ao trabalho e produtividade e deixa de lado as atividades de lazer e amizades;


4. É muito convencido de seus próprios pensamentos, não aceita a opinião alheia, ou não acredita nas evidências que a outra pessoa aponta, é escrupuloso, é inflexível em matéria de moralidade, ética ou valores;


5. É incapaz de se desfazer de objetos sem valor, mesmo quando estes não têm valor nem sentimental;


6. Mostra-se relutante em delegar tarefas ou a trabalhar com outras pessoas, salvo se apresentarem exatamente a sua mesma maneira de fazer as coisas e a mesma forma de pensamento que o seu;


7. Adota um estilo pão-duro, o dinheiro é visto como algo a ser acumulado para as futuras catástrofes;

8. Mostra rigidez e teimosia;


9. Acredita piamente em seus pensamentos e acha que os outros estão mentindo. NO caso do ciúmes, nunca aceita a explicação do outro, ou acha que está sendo sempre enganada;


10. Pensa o tempo todo em como controlar a outra pessoa a ponto de querer acompanhar tudo o que ela faz, onde está, o que está pensando, numa necessidade de posse do outro.



 Os indivíduos que sofrem desta desordem de personalidade muitas vezes se caracterizam pela sua falta de abertura e flexibilidade, não só em suas rotinas diárias, mas também com as relações interpessoais e expectativas.

FELICIDADE





Felicidade é qualidade ou estado de feliz; ventura, contentamento.

Feliz é o ser ditoso, afortunado, venturoso. Contente, alegre, satisfeito. Que denota, ou em que há alegria, satisfação, contentamento. 


A conquista da felicidade vem no aprendizado diário de viver sabendo aceitar e expressar os desejos e sentimentos, construindo os próprios projetos de vida e empenhando-se para realizá-los.

Um sentimento que expressa de alguma forma, satisfação em ter uma necessidade saciada, um projeto realizado. 

Compreender essa sensação, é saber individualizar no universo pessoal, pois o que é motivo de felicidade para uns, pode ser de infelicidade para outros. É um sentimento que pode diferenciar em cada instante tendo significados diferentes. 




Depende de cada um, sabendo que só conta consigo mesmo para realizar seus desejos, vontades e projetos. A procura do auto conhecimento ajuda na transformação de desejos em vontade e da vontade em projeto de vida. Aprendendo a ser responsável pelas próprias escolhas, assumindo o sofrimento dos erros e fracassos e o gosto das conquistas e vitórias.

A teoria do psicodrama mostra que desenvolvendo respostas criativas e corajosas no sentido de expressar os seus sentimentos e de realizar a sua vontade própria, ajuda na busca dessa sensação. Construindo-se enquanto indivíduo, realizando e sentindo a felicidade. 

Alguns aprenderam a não ter vontade própria. Só sabem realizar a vontade dos outros, projetos pelos outros, não têm suas próprias respostas, mostram-se carentes e inseguros. Só conseguem agir quando tem garantia, segurança e estabilidade do resultado.

Os acomodados, conformam-se com o porto seguro, na falsa certeza de não arriscar, porque a busca do desconhecido, é sempre arriscada e menos estática. E assim, vivem uma felicidade aparente, deixando de buscar e conhecer a sensação da felicidade pela vitória. São derrotados por si mesmo, deixando de assumir novos papeis, conformam-se com a monotonia. 



Por não suportar a frustração pela derrota, por um objetivo não alcançado, por um sonho não realizado..., não compete, não tem objetivos, não sonha. Tem ainda aquele que inicia sua meta sendo um faxineiro, mas decide conquistar a presidência. E se consegue alcançar, na sua busca, a vice-presidência, já é motivo de frustração e infelicidade, por não ter chegado ao ponto mais alto.

Os invejosos destroem, menosprezam a vitória do outro, porque assim, deixam de olhar para si, e ver que para eles faltou a coragem e a força do outro. 



A maneira de ser de muitos, é pura representação. 

É muito bom que as pessoas saibam quem são, reconheçam sua vocação, sua capacidade, e não queiram vestir uma máscara, quando, na verdade, a vontade é de jogar tudo para o alto e tentar outra forma de vida. 



Se o indivíduo conseguir identificar sua vocação e habilidade, buscar suas realizações com essa base conhecerá a sensação de ser feliz. Pessoas felizes chamam atenção, são admiradas, tem um brilho diferente.

Mas, isso não significa que enquanto é aplaudido, admirado e chama atenção, é feliz. Pode estar ai, a defesa contra uma auto avaliação. Contentar e agradar aos outros, não é o mesmo que agradar e contentar a si mesmo. A vocação e habilidade são  individuais. Assim como a sensação de felicidade também é individual.

A felicidade plena e absoluta não existe. Também não existe receita, manual que possa dar garantia plena de viver 100% feliz.

A busca é por mais momentos e sensação de felicidade. 




Descobrindo suas necessidades, suas metas, como e quando alcançá-las, saber reconhecer limite, respeitando e se fazendo respeitar, sabendo diferenciar você do outro, é um começo. E nessa busca, cabe a você criar a sua receita e escrever o seu manual, do que é a SUA sensação de felicidade.

DEPRESSÃO




A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos. Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais muitas vezes são conseqüência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresentam o problema em algum momento da vida.



Sintomas:


• humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia;
• desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
• diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis;
• desinteresse, falta de motivação e apatia;
• falta de vontade e indecisão;
• sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;
• pessimismo, idéias freqüentes e desproporcionais de culpa, baixa auto-estima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte. A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio;
• interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom “cinzento” para si, os outros e seu mundo;
• dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;
• diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido;
• perda ou aumento do apetite e do peso;
• insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário . habitual) ou, menos freqüentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo);
• dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarréia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.






Quais são os fatores de risco?

 
  • Pessoas com episódios de depressão no passado;
  • Pessoas com história familiar de depressão;
  • Pessoas do género feminino – a depressão é mais frequente nas mulheres, ao longo de toda a vida, mas em especial durante a adolescência, no primeiro ano após o parto, menopausa e pós-menopausa;
  • Pessoas que sofrem um qualquer tipo de perda significativa, mais habitualmente a perda de alguém próximo;
  • Pessoas com doenças crônicas - sofrendo do coração, com hipertensão, com asma, com diabetes, com história de tromboses, com artroses e outras doenças reumáticas, SIDA, fibromialgia, cancro e outras doenças;
  • Pessoas que coabitam com um familiar portador de doença grave e crônica (por exemplo, pessoas que cuidam de doentes com Alzheimer);
  • Pessoas com tendência para ansiedade e pânico;
  • Pessoas com profissões geradoras de stress ou em circunstâncias de vida que causem stress;
  • Pessoas com dependência de substâncias químicas (drogas) e álcool;
  •  Pessoas idosas. 
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    TIMIDEZ






    Há duas maneiras de se explicar o que é Timidez. A primeira, usada pelo senso comum é pela descrição dos sinais e sintomas que se destacam na pessoa. A segunda, pelo que se passa dentro da pessoa portadora de timidez.

    Pelo senso comum, a Timidez é um padrão de comportamento caracterizado pela inibição em certas situações, podendo ser acompanhado de algumas alterações fisiológicas, como aceleração da respiração e dos batimentos cardíacos. Em outras palavras, é um padrão de comportamento em que a pessoa não exprime (ou exprime pouco) os pensamentos e sentimentos, e não interage ativamente. Esta maneira de explicar a Timidez é também usada em várias abordagens da psicologia e de psicoterapia.

    A outra maneira de explicar o que é Timidez, é descrever o que se passa dentro da pessoa. Embora esta seja uma área complexa, como são todos os processos psicológicos, alguns pontos se destacam.







    -- Reconhecimento da dificuldade em interagir com as pessoas ou em situações sociais.

    -- Anseio de mudar, ou seja, o anseio de liberdade.

    -- Presença de desacordos internos. Ao lado do anseio existem barreiras que impedem a livre expressão de pensamentos, sentimentos, emoções. Dependendo do peso relativo do anseio e das barreiras, a dificuldade é maior ou menor, restrita a certas situações ou extensiva a muitas.

    -- A dificuldade não gera grande sofrimento e tampouco compromete de forma significativa a realização pessoal.

    -- Presença de sentimentos e emoções que se exprimem intensamente em fantasias. Uma vez que os sentimentos não são expressos integralmente na vida real, tal represamento faz com que as fantasias se tornem muito mais intensas e freqüentes. Nas fantasias as barreiras não existem.

    Desacordos internos, forças antagônicas como essas (anseio e barreiras), geram sensação de ameaça, de perigo, chamada ansiedade. A ansiedade se exterioriza de diversas maneiras, dependendo de particularidades dessas forças - uma das expressões, como no caso da Timidez, é inibir, bloquear os canais de comunicação. Ou seja, em certas situações, as barreiras superam o anseio ou convivem com ele lado-a-lado. 





    De qualquer forma, seja pela visão do senso comum, seja pela visão do processo interno da pessoa, a Timidez não compromete de forma significativa a realização pessoal, mas exprime um empobrecimento na qualidade de vida. Isso pode ser notado em situações sociais diversas. Exemplos: dificuldades, mas não impossibilidade, em participar de atividades em grupo, de praticar esportes coletivos, para falar em público, para fazer uma pergunta em sala de aula, ao abordar alguém para namoro ou relação íntima, em escrever o que pensa, ao falar com alguém em posição de autoridade, para divertir-se em público, e assim po diante.



    MENTIRA






    Dizemos que a mentira tem pernas curtas porque sabemos que ela não costuma ir muito longe. Cedo ou tarde, ela cambaleia, tropeça e acaba sendo alcançada pela verdade. Isso acontece por, pelo menos, dois motivos: primeiro, porque quando mentimos fazemos mais esforço do que quando dizemos a verdade, em função do dilema moral envolvido, ainda que inconsciente. Segundo porque, quando precisa ser repetida, a mentira perde força, sendo contaminada por fragmentos da verdade ou por outra mentira, pois sua base não é a realidade, e sim a ficção. Mentir significa "inventar" uma verdade que não existe. A mentira começa com a pessoa, a verdade é anterior a ela.
    Mas, afinal, por que mentimos?

    A psicologia explica a mentira pelo mecanismo de defesa, a sociologia pela busca do poder, a filosofia pela imperfeição humana e a religião pela compulsão ao pecado. As explicações, entretanto, quase nunca justificam a mentira ou desculpam o mentiroso.

    Mecanismo de defesa

    Desde a infância mentimos para nos isentar de culpas ou para alcançar o que queremos. Estudos indicam que apenas até os 3 meses de idade um bebê é incapaz de mentir. Após essa idade, aprende a se utilizar artifícios para chantagear seus pais.

    A mentira pode ocorrer de maneira consciente ou inconsciente. Em sua forma inconsciente, acontece um processo denominado pela psicologia de mecanismo de defesa, que pode ser de três tipos: negação, projeção e introjeção. Negamos as sensações dolorosas, como se não existissem. Projetamos nos outros, ou nas coisas, fatos nossos que nos são repugnantes. Introjetamos objetos de desejo, que podem ser coisas ou pessoas, como se fossem nossos.


     



    Já a "mentira justificada" tem como objetivo esconder ou falsear fatos, buscando o bem para nós mesmos e para nossos semelhantes. Contudo, se a prática da mentira não envolver o hábito, a perversidade e a hostilidade, e se não deixar seqüelas, ela pode ser útil e até necessária.

    Realidades subjetivas

    Mas, veja bem, mesmo sabendo que qualquer interpretação da realidade é subjetiva, isso não serve como desculpa para sair por aí contando mil e uma fábulas. A mentira consciente é aquela em que sabemos que estamos dando uma indicação contrária a essa realidade que percebemos. Quando mentimos, sabemos que estamos mentindo. Isso faz toda a diferença, por que é nesse momento que temos a possibilidade de escolher se queremos faltar com a realidade ou não.

     





    Seria uma grande mentira dizer que você nunca mais mentirá, pois você é um ser humano. E a mentira é um desses defeitos "excessivamente humanos" - como diria Nietzsche. Mas, como ser humano, é possível cultivar o hábito de sempre se observar para constatar se sua relação com a verdade e com a mentira é saudável o suficiente para que você mantenha uma boa relação consigo mesmo. Sem se enganar.

    FOFOCA







    Falar sobre a vida alheia é uma prática bastante antiga, do tempo das cavernas. Os homens da pré-história buscavam informações acerca da vida de outras pessoas para saber de suas fraquezas, seus medos, o que sabiam fazer, seus desejos e outros.
    Naquela época, não havia a escrita e consequentemente as informações eram passadas oralmente. A fofoca então passou a fazer parte não só da vida social, mas também da parte política, onde era usada para desmoralizar os monarcas, e da história da humanidade, onde uma informação errada poderia mudar toda a trajetória da história.
    Em 1560, a rainha Elizabeth I foi fortemente atacada por fofocas a cerca de sua vida pessoal. Em 1917, o czar Nicolau II e sua esposa foram vítimas de fofocas que focavam a vida íntima do casal. Em 1922, o ditador Mussolini foi alvo das fofocas, só que para ele teve efeito positivo, pois lhe deram prestígio pela realização de um projeto que já havia iniciado antes dele assumir o poder na Itália. Dessa forma, a fofoca tinha e ainda tem o poder de prejudicar ou beneficiar uma pessoa.








    Você já fez fofoca?


    Ninguém admite que faz fofocas, mesmo que seja uma daquelas bem pequeninas, mas, faz sim!!!! Mas, o que a maioria das pessoas desconhece é que há vários graus de fofoca e que ela e a inveja são dois sentimentos inseparáveis. Dependendo do grau de perversidade que contêm, podem chegar a ser consideradas como um grave desvio psicológico. Aquele que é extremamente invejoso está sempre procurando saber notícias da vida alheia e mantém   um olhar bem arregalado quando alguém atinge sucesso em algo na vida.   Por menor que esse sucesso seja, o mal  intencionado acredita sempre que precisa  roubar a energia contida   na pessoa   invejada.  E isto ocorre    por que   não consegue e nem deseja olhar para sua própria vida, porque tem consciência de como ela é chata, repleta de desgraças e frustrações, obscura   e vazia. Por esse motivo, dirige seu   olhar para quem tem brilho,   muita alegria e energia de viver. Não se trata de um olhar de admiração, mas, de ódio mortal, repleto do mais alto grau de inveja. Há casos ainda piores, como do invejoso que, tomado por sentimentos inferiores, decide se envolver com a vida de outras pessoas visando atrapalhar e até mesmo destruír a vida delas, seja nos negócios, na carreira, nas relações familiares ou amizades. É aquele tipo que todos conhecem bem sua forma de ser e de agir,   que faz tudo que puder para destruir seus fantasiosos "inimigos" ou "desafetos". Geralmente, inventa histórias, distorce fatos, critica pelo simples fato de provocar mal estar, lamenta-se da vida que leva, dos amigos infiéis e falsos que o abandonaram, finge-se de doente para poder chamar a atenção dos outros, trai e mente com o maior despudor, e ainda se faz passar por vítima, afirmando, enfaticamente, que todos só têm como objetivo sua total destruição. Para ganhar a confiança e a amizade de alguém, aproxima-se    com o objetivo inicial de conhecer seus hábitos, gostos e pontos fracos.



    CIÚME



    "Você vai sair com essa roupa?" "A reunião foi até agora?" "Por que você olha tanto para aquele lado?" São perguntas muito ouvidas pelas pessoas que vivem relacionamentos marcados pelo ciúme.

    O ciúme já protagonizou grandes tragédias, seja na ficção, seja na vida real. Existem até os crimes chamados passionais (cometidos por pessoas dominadas pela emoção). É um sentimento que merece ser tratado com atenção e cuidado. Mas o que é o ciúme? Ciúme é insegurança? É doença?

    A pessoa ciumenta tem como padrão de comportamento certificar-se freqüentemente se é mesmo querida e se as outras pessoas são capazes de dar provas de seu amor, como se o amor e a atenção dependessem de algumas coisas externas à relação (como se vestir de determinada maneira ou não freqüentar alguns lugares), como se o amor exigisse um preço para ser dado e uma prova para ser recebido. É comum que os ciumentos interpretem os acontecimentos de maneira distorcida (por exemplo, o fato de o parceiro ter se arrumado para sair é interpretado como uma provocação) e sofram por isso. Esse padrão está presente desde o relacionamento com a pessoa amada até as relações com os amigos, familiares, bichos de estimação e objetos. As pessoas ciumentas costumam cobrar mais a atenção dos amigos e não gostam muito de ver seus objetos pessoais sendo usados por outras pessoas.






    Por uma questão cultural, é comum as pessoas acreditarem que ciúme é prova de amor e que podem fazer pequenos sacrifícios como deixar de ir à determinados lugares ou trocar de roupa para que a pessoa amada não se chateie. O problema é que esses pequenos sacrifícios tendem a transformar-se em pequenas prisões com o passar do tempo. O ciúme vai aumentando e o prazer de estar na companhia do outro vai diminuindo.

    Quem sente o ciúme também sofre e se prejudica muito, pode sentir-se desvalorizado e ficar muito ansioso quando tem que enfrentar situações em que se sente ameaçado e, muitas vezes, não consegue lidar com esse sentimento.









    ANGÚSTIA






    De repente, vem aquele aperto no peito! Pode ser em qualquer momento, hora ou lugar. Como se uma grande mão apertasse seu peito... e vem uma sensação bem esquisita de opressão. Você quer se livrar dela, mas não consegue. O coração bate mais rápido ou então você sente uma apreensão. Medo do futuro? Quase como se descesse de montanha russa.... aquele friozinho na barriga terrível.

    Em alguns momentos, você está bem e a apreensão surge sem pedir licença. Em outros, está associada a alguma preocupação ou sensação de insegurança. Se você vive um momento confuso ou difícil, a angústia pode se instalar na sua mente e no seu coração. 

     A angústia pode ser um sinalizador para a depressão. Pessoas deprimidas sentem angústia e a ansiedade pode surgir de repente. A ansiedade está associada à respiração também. A pessoa ansiosa respira muito rápido ou sente uma sensação de sufocamento, "peito apertado".

    O que fazer quando você sentir esta sensação desagradável? Acomete ricos e pobres, jovens, velhos e crianças.

    A angústia é mais comum nas mulheres. Quando sentir esta sensação desagradável, primeiro afaste a possibilidade de causa orgânica como: distúrbios hormonais como: menopausa, climatério, entre outros. Anemia, problemas cardíacos e depressão, por exemplo.




     Geralmente, a angústia está associada à depressão e algumas pessoas são predispostas a sofrer de angústia periódica. Nem sempre quem sente angústia ocasionalmente, sofre de depressão. A angústia pode ser uma manifestação da ansiedade. A ansiedade é o receio do futuro.

    A ansiedade é um recurso utilizado por nós para nos preparar, de certa forma para acontecimentos futuros. Quando temos uma prova, um encontro importante, uma decisão a tomar, podemos sentir esta sensação de apreensão. É o receio do novo e do inusitado. Nosso organismo lança mão de uma carga extra de adrenalina.

    Quando estas sensações surgem e são momentâneas fazem parte do cotidiano do ser humano. Não podemos controlar os acontecimentos e isso gera medo. Podemos controlar nossas emoções; isso é tranquilizador. 




     Observe a frequência desta sensação desagradável. Procure observar com cuidado. O que você está pensando quando sente esta sensação? Não tenha medo da Ansiedade ou Angústia. Não tente reprimi-la, mas mude o padrão mental. Se você está pensando em algo desagradável, modifique o pensamento. Afirmações positivas ajudam bastante nesses casos. Afirmações como: "Sou feliz!", "Estou calmo", "Está tudo bem", "Ficará tudo bem!".

    Aprenda a respirar! Os bebês respiram corretamente, nós não. Inspire pelo nariz e exale pela boca. Preste atenção na respiração. Esta técnica simples é naturalmente tranquilizante. A mente se tranquiliza e os músculos também.

    A angústia pode estar associada a causas psicológicas como: traumas, complexos, meio ambiente repressor ou desgastante podem desencadear sensações de opressão.

    A serenidade tem a ver com a Fé e o Otimismo. Fé em Deus e em si mesmo!

    Sensação de vazio interior, mudanças de vida, podem estar associadas à angústia. Quando a pessoa se aposenta, pode sentir esta sensação de insegurança. O que farei agora? A "síndrome do ninho vazio" pode ser também uma das causas da angústia ou ansiedade. Os filhos estão criados, estudam fora e os pais se sentem vazios. Viveram sempre em função dos filhos e agora? 




    Uma vida saudável feita de pensamentos sadios e atividades produtivas, tem como efeito, emoções também sadias. Pense nisso! Como estão seus relacionamentos, sua vida em família, seus desejos e problemas?. Procure se autoconhecer para disciplinar seus pensamentos.